red point

... ten years after... (but not yet!)

ultimos raios em scheveningen...

"Encontro a dor no fim de tudo. Não vou para um prazer sem pensar no fim, na desgraça em que tudo se aninha, no tédio de ter realizado... E na minha alma se fez pouco a pouco um grande vácuo, um amargo tédio por a vida ser só isto, por o sol brilhar de uma só forma e por já ter imaginado todas as coisas... E no entanto eu não vivi senão por imaginação... Deixa-me explicar-te isto melhor: é como se eu fosse composto de diferentes seres, cada um com as suas ideias, os seus sonhos e as suas ilusões, e por cada tarde que finda, na luz que cerra os olhos, um desaparecesse para sempre, levando-me uma parte de ventura e de tristeza... Eu nunca estou só. Quando me isolo é que estou mais acompanhado."

"Rua dos prazeres, 69" , Amsterdam

Onde a luz vermelha se conjuga com a negra luz da noite, os neons anunciam janelas de desejo. Aki não há heróis de filme ou de BD...ou é ou não é!
A magia não existe contudo a mafia aqui subsiste. "....Com cuidado aproximo me tal como atirador furtivo, e de soslaio entreabro a mochila e sacando a maquina levanto a cabeça e ja está...nenhuma daquelas hienas vigilantes me observa, saco esta e mais umas.. acelero o passo e continuo...(Ams.2007)" 

grande máquina... amarela

sem comentarios-no coments 

Global food...??

Globalização ou reflexos de uma politica de imagem forte dura e de grande impacto...?

São horas de refeição, nas ruas de Den Haag apressados consomem rapidamente as tipicas sanduiches holandesas de pindakaas (manteiga de amendoim), outros preferem um menú mais exótico e dedicam se ao Donner Kebap, há sempre a possibilidade de um Chinês...
Contudo é a American way of life quem dita a escolha, Mc´s pois então. E nesse campo nem os mais empedrenidos adeptos do Islão escapam. Apesar das roupas, dos hábitos e das formas de estar, é na American Way que buscam o seu alimento...

 

Abraços gratis... (ou de borla!)

Nas imediações do Haagsche Bluf, mais concretamente na Passage, uma jovem distribui abraços...
sem nada cobrar... sem nada pedir...
Uma tentativa de dar um pouco de calor a quem talvez precise, um abraço amigo a um solitário desconhecido, um simples gesto natalicio, mas uma boa ideia sim, gentil sobretudo...

Sim, também me deu a mim 

...Amsterdam a alta velocidade

tudo parece ter passado a alta velocidade
as emoções de um dia ter chegado, sem nada saber, sem ninguem conhecer, com um punhado de tudo e outro cheio de nada

Depois de meses por cá as expectativas relativas a um distanciamento cultural jamais serão as mesmas, jamais serei o mesmo...

a cidade essa permance quieta, ainda que tudo por ela vá passando a alta velocidade, tal como nós 

linhas

Regresso à cidade que me acolhe, uma brisa fresca... ou fria? ...envolve me como um lençol de seda, mas aqui irritante, está frio... a cidade permanece igual, inerte na bruma de neblina e chuva, entro no Sneiltrein rumo a casa. Sento me, relaxando, numa merecia calma olho para cima e reparo nas linhas de luz sobranceiras a mim, parecem mover se daqui. Até nelas denoto arte, como se o seu criador, algum holandes carranculo e hipertenso, as tivesse desenhado para alimentar o seu espirito, esse ja bem farto das linhas rectas desta terra de paises baixos...